segunda-feira, março 16, 2015

Vai lá vai, até o Barack Obama!!

Um artigo decente necessita de um título decente - essa é uma assumpção de qualquer romancista, novelista, contista, poeta ou jornalista nas horas vagas. A minha eloquência esgotou-se, enfim, quando citei Rimbaud para dizer que a "moral é a debilidade do cérebro", num post que escrevi há uns anos atrás.
Considero, ainda, que não tenho idade para numerar artigos, à falta de criatividade para inventar novos títulos. É a tal "debilidade do cérebro", mesmo que de moral apenas tenhamos a preguiça ou, de tempos a tempos, a falta de tempo. É isso: falaria de debilidade, se já não tivesse falado disso antes e o corpo não estivesse esgotado pelo realismo dos tempos. Um brinde à anomia! Vivas à boçalidade! Progresso fora! Morte à humanidade! Sejamos, por momentos, a mudança que dispensamos no mundo - o reflexo no espelho do inverso da inteligência!
Peço desculpa a quem ofendi ou ofenderei.
 
O mundo, isso... este elipsoide feito de carbono e minerais, evoluindo continuamente por sua própria inspiração até parir, sem blues, a versão conservadora e totalitária dos Estados Unidos da América! Naturalmente, com deus a seu lado, a evolução da explosão redunda numa comunicação compassiva com a hegemonia global desta potência e o derrube de tudo o que a ponha em causa.
Falaremos de outra coisa ou é preciso ir buscar os lápis de cor? O aprofundamento do império exige a asfixia das alternativas - até as posicionais, à falta de ideológicas com escala suficiente -, razão porque vale tudo, até a estupidez (ah, falhei no contorno ao cítrico vocábulo!) e o obscurantismo - dois conceitos que na liquificadora da geo-política se fundem alegremente em fascismo. E é isto que é incentivado - do ISIS à Ucrânia, do Brasil à Grécia, da ALBA à China - a mesma ingerência estúpida, obscura, fascista e, por isso, desumana; e, por isso, assustadora, porque é possível dialogar com as raízes da convicção, mas os ramos enxertados da argumentação fanática só se retiram do ambiente com machadadas no tronco. E o passado também é presente.

A discussão das situações internas de todos os países ou regiões que sofrem dessa ingerência merece outra discussão. Este não é um artigo sobre justiça e injustiça, este é um artigo sobre debilidade - veja-se a foto acima... Brasil, 15 de março de 2015 (este link alarga o espectro da coisa). Débil é todo aquele que se enreda na sua fragilidade até ao ponto de perder a noção de si, de si no cosmos e do ridículo em si. Dizer que o Brasil (uma potência capitalista!) é comunista é tão sensato como reivindicar à nossa a nacionalidade divina (só que a segunda até tem piada!) - bradá-lo é tão legítimo como decapitar jornalistas estrangeiros (não, não tem piada). É a essência do fanatismo.
 
No reflexo do espelho do inverso do fanatismo está a luta política, as dinâmicas de classe e o progresso social; a antítese da liberdade é o obscurantismo; a luta pela ética (caráter) é a suprema e até esta guerra é amoral (do ISIS à Ucrânia, do Brasil à Grécia, da ALBA à China, etc, etc).

E o que é que isto tem a ver com o título?

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