O John Donne disse e o Hemingway imortalizou: "não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti." Estranhamente, não sei se com esta inspiração, em 1998 o Saramago lia em Oslo um discurso que todo ele acabava com sinos a rebate, numa evocação de um episódio passado numa aldeia italiana. Não seremos iguais depois de hoje e os sinos dobram por nós.
Num país sem inverno eu escreveria com menos frio. Pudesse escolher a minha nacionalidade e escolhia uma universal, na fronteira fluida entre Matanzas e Vila Franca de Xira. Aí comentaria como se veraneasse o que, política e artisticamente, me aprouvesse! A aferição da qualidade, dessa e desta, ficaria sempre - como ficará sempre - para as duas pessoas que me leem. Quem sabe, nessa fronteira, arriscaria escrever noutros formatos? Assim, é o que pode ser até ser o que é.
sexta-feira, junho 18, 2010
Os sinos dobram por nós
Penso que este país irá definhar, à medida que os Homens que o fazem morrerem. Ficam as máquinas, os números, os índices, os seres do "sim senhor", do "isto é mesmo assim"... Não me interessa minimamente o que não é substantivo, porque mesmo na diferença só é relevante a diferença que fazemos nos outros, e para isso é necessária humanidade.
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