quinta-feira, julho 12, 2012

Ladrilhos

Nós somos um quadro ladrilhado no que somos. Somos estilhaços que nos passaram e que guardamos numa memória por que nem sempre ansiamos. Há pessoas que nos dão correr na praia, outros o Tejo contemplado quando voltamos, tantos que nos inspiram a partir, prédios que parecem corpos, dão-nos cigarros e cervejas, aprender a abrir a janela do carro para escarrar, outros dão-nos livros e há quem nos dê melancolia, sorrisos, o inclinar a cabeça para um beijo, a solidão acompanhada por palavras. Palavras?
Ladrilhos. Pequenas montagens de um universo também ele pequenino, de caber na palma da mão, onde nos vemos (e eu vejo-me) na montra confusa da montagem que somos.

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