segunda-feira, outubro 23, 2006

Ilegalização da Juventude Comunista na República Checa

Foi ilegalizado no dia 16 de Outubro a União da Juventude Comunista Checa, o KSM, por decisão do ministério do interior daquele país.

Segundo nota de imprensa enviada pela JCP, a 18 de Outubro, "(...) a única razão que o Governo apresentou para esta medida referia-se à defesa da KSM, no seu programa, da substituição da propriedade privada dos meios de produção pela propriedade colectiva dos meios de produção. E, portanto, a convicção deste jovens em construir uma sociedade diferente, não assente nos princípios do sistema capitalista".

Refira-se que vem sendo hábito, principalmente na europa de leste, ameaçar com medidas que pretendem criminalizar o socialismo e o comunismo, alterando nesse sentido a verdade histórica segundo as conveniências dos senhores do capital e dos seus assessores governamentais. Este foi o primeiro exemplo, desde a queda da União Soviética, em que se cumpre os seus desejos de calar a voz dos comunistas, voz essa que naqueles países (como no resto da europa e do mundo) recupera a sua capacidade de atracção junto dos seus povos.

Este facto ocorreu na República Checa, país que pertence à União Europeia, arauto mundial da democracia. Ocorre no seu seio, sem comentar outras ocorrências de ordem vária igualmente atentórias ao ideal democrático, a censura à liberdade de pensamento e de acção, de reunião em torno de um grupo político, com um ideal e uma conduta identificados, uma ilegalização absurda realizada para exterminar o marxismo-leninismo e qualquer ideia que se oponha ao dogma do mercado capitalista e da forma de democracia ocidental.

Não conseguirão! A resistência a esta monstruosidade já se faz sentir por toda a República Checa, bem como em muitos outros países. Por outro lado, muitos outros partidos e organizações comunistas sentem que ao se abrir este precedente se criam condições para um aumento da ofensiva anti-comunista. E neste aspecto, por muita verborreia democrática que espirrem, os líderes políticos da europa estão unidos - veja-se a mobilização para a comemoração dos 50 anos da "revolução" anti-soviética da Hungria, onde participam a maioria dos dirigentes europeus, à volta da qual se aproveita para mediaticamente ofender os factos históricos e colar ao ideal comunista tudo o que, verdade ou mentira, dizem.

Esta é uma outra fase de resistência. Não é nova, porque com estas metodologias começaram os regimes fascistas da metade do século XX a tratar qualquer oposição aos seus intentos. E é sabido o que aconteceu!
Parece-me que, de forma mais ou menos clara, a conduta do governo checo vai ser imitada - compete aos comunistas, de qualquer forma, lutar e resistir.

Sem comentários: